Não visualizo a queda primordial como um confronto bélico, embora os resultados sejam uma espécie de explosão.
Vou exemplificar em termos da matéria:
Quando um átomo é particionado, temos uma tremenda liberação de energia.
Hoje os cientistas tentam "criar" a antimatéria, que é em resumo, a tal partícula de 'Deus".
Ora, eles sabem que aquilo que não é matéria, pertence ao absoluto, e a atribuem a Deus. Com razão, creio.
Se uma porção absurdamente ínfima de antimatéria, obtida do choque de hádrons seria capaz de liberar tal energia capaz de destruir cidades inteiras, imaginemos um universo absoluto e intangível de antimatéria. Um universo imaterial, com seres imateriais, milhares, milhões, e que esses seres ou parte desse universo por alguma razão tivessem sido "particionados" provocando o "mega-bang" primordial.
A primeira explosão que dá início ao universo relativo, com liberação de uma energia absurda que ao atravessar o espaço tempo criado vai "congelando" e gerando a massa que compõe todo o universo relativo.
Imaginemos um experimento científico.
Sabemos que qualquer objeto que tenha massa, é virtualmente formado por energia organizada através de átomos e em agrupamentos de átomos que compõe os elementos conhecidos.
Coloquemos um objeto dentro de um imaginário recipiente hermético semelhante a uma seringa e com o êmbolo, vamos retirando a energia do recipiente ao infinito.
Retirada toda a energia, o que restará da massa ali depositada? Nada.
Da mesma forma, comprimamos este êmbolo ao infinito. Ao "final", haverá ali também o "nada", mas com "peso" igual ao peso original. Um exemplo prático e científico disso, seriam os chamados buracos "negros" que são brutais concentradores de energia e massa.
Tal fenômeno que é observável na natureza cósmica, tem levado cientistas a acreditar que tais buracos funcionem como portais para outras dimensões, ou que tal vórtex provoque o reinício do processo, conforme apontam algumas demonstrações gráficas, e que tal processo de concentração e distensão, congelamento e aquecimento possa ser um contínuo "infinito".
Dito isto, não sou eu que estou levando o "mundo jaz no maligno" às últimas consequências.
Ele é assim, fruto da queda. Ele não é maligno, o que seria colocar as culpas na matéria que é apenas a consequência.
A absolutização do universo relativo, fatalmente ou felizmente acaba com ele naquilo que ele é relativo e dual. Para desespero do Jeová, o qual sabe disso melhor do que ninguém e não se põe a provar o contrário.
Ainda, a propósito do texto em análise, volto a repetir. Essa luta do bem e do mal, luta bélica, guerra de reinos, se existe, é totalmente pertinente a este universo relativo. Ela pode até ser verificada às mais remotas formas de linguagem escrita ou falada. Pode ser remontada a civilizações ancestrais e primordiais muito anteriores ao "Adão" da versão mosaica, mas ainda assim, já são "verdades" ou mentiras, próprias ao mundo relativo.
O "big-bang" não seria derrota das forças do mal, mas apenas o resultado da queda. Não entrei no mérito da queda..
Quanto a isso, creio que a rebelião em si é o estopim da fissão primordial.
A pergunta que me faço, é se algo no absoluto se degenerou, isto transformaria o remanescente em algo não absoluto. O próprio universo absoluto perdeu essa condição, ficou fragmentado.
São as 99 ovelhas que não se perderam. Falta uma.
Faz tempo que esse tipo de coisa me deixa encafifado.
E não é por ser um ponto fraco em minha teoria, que vou deixar de pensar nisso. É um questionamento que permanece.
A obra de reconciliação é vital e necessária para a recomposição do absoluto.
Não é jogando a terça parte no inferno que as coisas se resolvem.
Neste ponto o questionamento e a dúvida pertinente se mostra edificante. Podemos até não saber o que é, mas certamente sabemos o que não é.
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