sábado, 7 de novembro de 2009

A Cabana


A Cabana
Vamos lá.
Direto no ponto.
O Mack é o diabo. Lúcifer (A história é uma história que abrange milênios. Eras, na verdade.
É uma história contada pelo Lúcifer
Ele traz para um ambiente atual e contemporâneo um drama onde ele se coloca como Homem e se reporta a fatos acontecidos em uma era anterior à era contada pelo Moisés no Genesis.

Ele faz nesse livro o seu enfrentamento com Deus. Ele diz verdades a respeito de Deus. Verdades semeadas com mentiras.
A mentira principal, no meu ponto de vista é a trindade.
O Deus Mulher é uma referencia à deusa Lilith, ou Diana, ou diaba, ou Luiza, ou Vasti ou Lua, mas principalmente à natureza dela “ NEGRA”. Uma referência não relativa à raça, mas à ausência de luz, às trevas.

A personalização ou partição de Deus que é único é um engano diabólico que se instituiu faz muito tempo no Cristianismo, e é base de toda a bizarrice que infesta o meio evangélico e agora o católico.

Mas avancemos um pouco no texto.

Não vou fazer exegese do livro e de toda a doutrina pregada, o que de fato não me interessa, mas vejo que é um papinho muito parecido com o papo desses pregadores de abobrinhas evangélicas da moda, do tipo Philip Yancey, Manning, Luccado e outros.

“Em um mundo cruel e injusto. A cabana levanta um questionamento
atemporal: se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar o nosso sofrimento?
As respostas que Mack encontra vão surpreender você e pode
transformar sua vida de maneira tão profunda como aconteceu com ele.”


É o diabo o grande teólogo, que assume que a história é “atemporal” fora do tempo.

A história é contada por um terceiro, um grande amigo… Willie, um parceiro, o qual eu não sei discernir ainda quem é… talvez o Caim/Moisés.

No prefácio, ele assume que esse personagem vai mudando de cara ao longo das eras, mas mantém o mesmo nome… I, II, III, Jr., Sr.

Ele conta uma versão na qual ele se rebela (Rebelião de Lúcifer) e é açoitado pelo pai embaixo de um grande “Carvalho”.

Ele conta seus segredos… porque o tal diabo com vários nomes pode ser o mesmo espírito manifestado em humanos ao longo dos tempos e eras.

Ele fala com acerto sobre o “pecado da versiculatria”.

“ele foi castigado com um cinto e com versículos da Bíblia
todas as vezes que o pai acordava de sua bebedeira e largava a garrafa.”


Ele conta a sua fuga (banimento), o que fez durante esse tempo no mundo… referindo–se também a conflitos terríveis como participante, mas se manifestando contrario à violência… Seu interesse por teologia…

“Seus assuntos prediletos são Deus, a Criação e por que as pessoas
acreditam em determinadas coisas.”

Esse relato rápido e abrangente conta que ele “volta” para os Estados Unidos, ou América, numa referencia acerca do lugar para onde o diabo volta a se manifestar corporalmente.

Fala também que
“ele é uma espécie de alienígena… “


Ele dá todas as dicas acerca de sua identidade.

“Os que o conhecem geralmente gostam muito de Mack, desde que ele mantenha guardados seus pensamentos. Porque as coisas que Mack diz nem sempre deixam as pessoas muito satisfeitas com elas mesmas.”


Aqui, ele dá a pista sobre seu caráter acusatório. O acusador…

“Disse que tinha prazer em apontar as falhas das pessoas e humilhá-las para manter seu sentimento de falso poder e controle. Nada muito elogiável.”.


Como disse no início, ele se parece muito com o Moisés também, que repito, é uma encarnação ou figura do Caim. Veja abaixo:

“Mas, ao mesmo tempo, Mack não é muito religioso. Parece ter uma relação de amor e ódio com a religião e talvez até com Deus, que ele imagina como um ser mal-humorado, distante e altivo”.


Esse cara, é o que inspira o Moisés, o Caim a falar de um Deus inclemente que manda matar .
Ele também fala da mulher.
Da ligação amorosa com a mulher durante 33 anos, o que também é alegórico no tempo.
Fala de mágoas do “passado”, e do papel dessa mulher na “restauração” dele mesmo.

Aqui, devo dizer que essa mulher (amante) do Lúcifer é a primeira mulher do Adão, ou seja, ele está em adultério com essa mulher. A alegoria a essa relação é o Herodes/Diabo e a Herodias/Diaba que é denunciada pelo João Batista/Caim.

Estes dois personagens primordiais tinham corpo no princípio, mas são banidos. O banimento da Lilith ou Herodias é relatado alegóricamente na história da Vasti.

Essa mulher é a mulher maligna, a figueira que Jesus secou.
Ela tinha filhos e filhas. Teve em minha opinião, filhos com o primeiro marido, o Adão, mas esses morreram. Teve filhos também com o Lúcifer. É uma era não contada pelo Moisés. São “sete anos” com uma mulher e sete anos com outra mulher, a segunda é a MULHER, ou Eva como mais tarde foi chamada por ser a mãe de todos os seres viventes.
O Moisés não mente o tempo todo, ele mente apenas no essencial, não deixando de revelar nas entrelinhas a verdadeira história.

A MULHER, ser mãe de todos os seres humanos, em si mesmo é uma revelação que deixa pistas para a existência de uma ou mais gerações anteriores ao pecado dessa mulher..

Neste livro A Cabana, o diabo conta a sua verdade, a sua versão dos fatos. Conta a existência de uma geração de filhos anterior mesmo à Eva (MULHER).

“Por algum motivo que não dá para compreender, Nan parece amá-lo
agora mais do que nunca, apesar de eu ter a sensação de que ele a magoou de algum modo terrível nos primeiros anos.”


Aqui o amor existente entre os dois é colocado como aparência, eis que essa história de paixão entre Herodes e Herodias, o diabo e a diaba, o Lúcifer e a Lilith é uma história em que não há amor, mas dominação da mulher insubmissa, a mulher de teias, a aranha, a mulher rebelde.

Há uma filha nessa relação.

Essa filha morre, e fica 3 dias e meio insepulta.

A Literatura conta essa mesma história no romance “E o Vento Levou”. O Vento também é uma referência ao diabo, e há ha literatura de sucesso nas nossas mega livrarias, um romance denominado " O nome do vento", que em parábolas conta quem é o tal vento e a sua natureza. Uma coisa é certa. Jesus repreende o tal vento.

O Vento Levou é uma grande alegoria com estes mesmos personagens.
Rhet Buttler é o diabo, Scarlet Ohara é a diaba. Eles tem uma filha entre idas e vindas no tempo... para um lado e outro lado do mar.
Essa filha morta também fica insepulta durante três dias e meio.

A figura da árvore está sempre presente nesse romance... No início, viçosa, no meio, seca e ao final, voltando a florescer. (É a tal mulher que Jesus falou).

O tempo que essa criatura fica insepulta é colocado em um dos romances, como em dias e no outro em anos.
Essa menina morta aparece também na bíblia. É a filha de Jairo, e ali o tempo é colocado em horas.
Na verdade, esse tempo é “quase” uma geração. Quatro dias, quarenta anos. É uma referência aos 3 dias de Jesus fora do tempo, morto, os três anos da figueira seca, um meio de semana. Uma metade do tempo relativo que é sete.

Jesus faz algumas ressurreições e curas. A filha do “Jairo” é ressuscitada e essa ressurreição tem objetivo. Para que ela cumpra o seu papel na história. Da mesma forma, a “sogra” de Pedro, que é ninguém mais e ninguém menos que a Lilith, eis que o Pedro é uma figura do Caim e o Caim se casa com sua meia irmã, filha da Lilith (escrava negra... sem luz) por isso a Sogra.

Ora, essa Sogra é curada da “febre” e passa a servir... a mesma coisa que a Marta, que está apenas a serviço. Não tem a melhor parte como Maria.

Sempre as duas mulheres em contraste. A Marta é a Lilith e a Maria é a Eva. E o Lázaro hehehe é o Adão.
Pôxa... mas Jesus ressuscita o Adão? Ressuscita.

“Os dias de hoje são muito diferentes de há sete ou oito anos, quando a Grande Tristeza entrou em sua vida e ele quase parou de falar. Mais ou menos nessa época, e por quase dois anos, nossos encontros foram interrompidos, como se por um acordo mútuo não verbalizado.”


Aqui, novamente é colocada a questão do tempo que os fatos envolvem em cada era: 7 anos.

Basta dizer que estes últimos anos parecem ter devolvido a vida de Mack e tirado o fardo da Grande Tristeza. O que aconteceu há três anos mudou totalmente a melodia de sua vida e é uma canção que mal posso esperar para tocar.

Aqui, nas entrelinhas o texto revela também uma aparência. A aparência de vida do morto vivo ( os últimos anos “parecem” ter devolvido a vida... parece mas não é... o morto continua morto o morto vivo, o cara sem corpo e sem sangue. (por isso a bronca com o Cristo que veio em Carne e Sangue).

Em seguida, o autor dá a dica de que ele o Mack não gosta de escrever, mas o autor gosta, o que me leva ao Moisés que é o cara que conta a história segundo a sua versão dos fatos.
Neste caso ele está escrevendo a versão do Mack (diabo) dos fatos.

A história que você vai ler é resultado de uma luta minha e do Mack para, durante muitos “meses”, colocar em palavras o que ele viveu. Tem um lado um pouco... digamos, muito fantástico. Não vou julgar se algumas partes são verdadeiras ou não. Prefiro dizer que, mesmo que algumas coisas não possam ser cientificamente provadas, talvez sejam verdadeiras. Mas preciso afirmar honestamente que fazer parte desta história me afetou de modo profundo, desvendando detalhes meus que eu desconhecia. Confesso que desejo desesperadamente que tudo o que Mack me contou seja verdade. Na maioria das vezes eu me sinto próximo dele, mas em outras - quando o mundo visível de concreto e computadores parece ser o real - perco o contato e tenho dúvidas.

Aqui neste parágrafo, o Caim/Moisés, autor inspirado pelo diabo, confessa a verdadeira inspiração, as improbabilidades, o fato de “algumas” partes não serem exatamente verdadeiras... Mais tarde, ao final ele admite que é uma versão. A Versão do Mack.

“O que você vai ler é o máximo que Mack consegue recordar daquilo que aconteceu. Esta é a história dele, não a minha. Por isso, nas poucas vezes em que apareço, vou me referir a mim mesmo na terceira pessoa - e do ponto de vista de Mack.”

A esta altura do meu texto, já volto a ter certeza de que o Mack é o diabo. Hehehe

Pirei?

Então vamos à história, ao romance, à parábola, os personagens.

Logo de cara a verdade é contada.

Março desatou uma torrente de chuvas depois de um inverno de secura anormal. … Ainda que a primavera certamente estivesse logo ali, depois da esquina, o deus do inverno não iria abandonar sem luta seu domínio conquistado com dificuldade… Estava se tornando inexoravelmente prisioneiro do gelo em sua própria casa - e com muito prazer.

Aqui ele fala do inverno seco... Um tempo ou era de domínio do diabo (o deus do inverno). O diabo prisioneiro, banido, sem corpo físico.
A primavera é uma época ou era de domínio ou surgimento da mulher... quando a “figueira” começa a florescer

No fim da tarde, Mack se encheu de agasalhos e saiu para lutar com os quase 100 metros da comprida entrada de veículos que vai até a caixa de correio. O gelo havia convertido magicamente essa tarefa simples do dia-a-dia numa batalha contra os elementos: levantou o punho em contestação à força bruta da natureza e, num ato de desafio, riu na cara dela. O fato de que
ninguém notaria nem se incomodaria com seu gesto pouco importava para ele - só o pensamento o fez rir por dentro.


Mack/diabo é um cara noturno.... o cara que foi buscar Jesus durante a noite...ele se refere a uma travessia (estrategicamente ambientada). Diverte-se com o fato de que ninguém perceberia tal travessia, e possivelmente também se divirta com o fato de que ninguém ou poucos percebem a parábola ou enigma que começa a contar.

Mack teve de se levantar duas vezes antes de finalmente conseguir abraçar a caixa de correio como se fosse um amigo desaparecido há muito….
Parou para apreciar a beleza de um mundo engolfado em cristal. Tudo refletia luz e colaborava para o brilho crescente do fim de tarde. As árvores no campo do vizinho tinham-se coberto com mantos translúcidos, e agora cada uma parecia única ao seu olhar. Era um mundo radiante e, por um momento, seu esplendor luzidio retirou, ainda que por apenas alguns segundos, a Grande Tristeza dos ombros de Mack.


Aqui são mencionadas duas “quedas” do Mac/diabo. Finalmente o encontro com o “amigo” intermediário (caixa de correio)
Depois ele tem uma visão do mundo e do universo de onde ele fora alijado.
Ele vê as (árvores do campo do vizinho) cobertas com mantos translúcidos, possivelmente se referindo não a árvores, mas a seres humanos.

O Bilhete.
Mackenzie
Já faz um tempo. Senti sua falta.
Estarei na cabana no fim de semana que vem, se você quiser me encontrar.
Papai


Aqui eu creio que o “deus, papai,” é a própria Lilith a deusa negra, que propõe um encontro na Cabana.

Com os braços balançando loucamente na esperança de, não sabia como, manter o equilíbrio, Mack se viu adernando de encontro à única árvore de tamanho substancial que ladeava a entrada de veículos - a única cujos galhos mais baixos ele havia cortado uns poucos meses antes. Agora ela se erguia ansiosa para abraçá-lo, semi--nua e aparentemente desejosa de uma pequena retribuição.


Este texto narra o encontro com a mulher do passado, a árvore, a figueira, a Lilith.
Ele, o Mack/diabo já tinha se ferrado com essa muher. Ele, por sua vez já a tinha magoado (ver referência com a mulher dele Nan).

A mulher é sedutora, semi-nua, e embora covarde, e impotente ele acaba por se estrepar novamente em seus braços.

Bateu com força, primeiro com a nuca, e escorregou até um monte na base da árvore brilhosa, que pareceu se erguer acima dele com uma expressão de presunção e nojo, além de certa decepção.


Novamente aqui não é uma árvore. Ela é a mulher rebelde, sedutora e insubmissa que demonstra presunão, nojo e decepção com aquela criatura covarde.

Gemendo e sentindo-se muito velho, rolou apoiando-se nas mãos e nos joelhos. Foi então que viu a marca de um vermelho forte traçando sua jornada desde o ponto de impacto até o destino final. Como se gerado pela súbita percepção do ferimento, um martelar surdo começou a subir pela nuca.
Instintivamente ele procurou a fonte das batidas de tambor e trouxe de volta a mão ensangüentada.
Com o gelo áspero e o cascalho afiado cortando as mãos e os joelhos, Mack meio engatinhou, meio escorregou, até conseguir chegar a uma parte plana da entrada de veículos. Com um esforço consideravelmente pôde ficar de pé e avançar cautelosamente, centímetro a centímetro, em direção a casa, humilhado pelos poderes do gelo e da gravidade.


Percebe-se aqui que o tal encontro com a árvore produziu sangue. Ora, esse personagem não tem sangue. Esse encontro narra aquele velho e romântico cliché do casalzinho fazendo amor embaixo da árvore presente em tudo que é filme que apareceu depois da invenção do cinema.

O filho gerado nesse encontro diabólico (ritual satânico) é o sangue referido alegoricamente nesse trecho. Quem é esse filho? É o filho da perdição e do perdido. Esse cara não tem nas veias e na genética nada de Deus, nada do Adão.

Adiante, o livro está repleto de alegorias e referencias. As questões teológicas desse “deus-trindade-particionado” são para mim irrelevantes sabendo de onde vem a “sabedoria” e o entendimento.
No final do livro o cara confessa que foi tudo um “coma” de 3 dias e meio, mas garante que é tudo verdade.

Não fiz, nem vou fazer, mas é possível garimpar todo o livro em busca de alegorias, verdades e mentiras semeadas pelo Mack...

Sinceramente?
Eu to fora... Inclusive desse cristianismo mosaico cuja base é a mentira pois jamais amaram a verdade. Preferiram a mentira.

--
Ronald
07/11/09

Um comentário:

Anônimo disse...

Acho que você é meio maluco, cara! Li o livro, e para mim, não importa o que está nas entre-linhas. se a cor da mulher que representava a Deus tinha alguma coisa a ver com o dibo, ou não. mas absorvi a mensagem de que; se deve ter um relacionamento com Deus, muitos fazem o que é certo por que assim foram ensinados, mas nunca conheceram a Deus. o imaginam como uma bola de luz resplandecente, Deus é Amor, e sofreu as consequencias do não cumprimento da lei em nosso lugar, para que possamos viver no perdão. Isso foi o que a historia me disse. e mudou minha vida, se o cara que escreveu é satanista? não sei, mas ele escreve muito bem e eu pude ver o amor de Deus em suas palavras.