segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sobre a música




Alexandre pergunta:
Ronald,
Vc como lider de louvor, cantor e tecladista, se identificava mais com 
(marque com um x)
( ) André Valadão ( Hoje o teu MILAAAGREEE vai sair... )
( ) Toque no Altar ( Para DIREEI-TA, para ESQUER-DAA, para FREN-TEE...)
( ) Bispa Sônia Hernandez ( FO-GO CÁÁÁÁIII, FÓ-GO CÁÁÁÁI !!! )
* conta um pouquinho pra gentchi....
[rs]

Ronald: 
Não tinha nada disso. Não existia nada disso. A gente se inspirava em Heritage Singers, Grupo Elo, Vencedores por Cristo.
A grande moda eram os conjuntos vocais de 10 doze pessoas.
Louvor era hino cantado ao som de piano e órgão.
Eu fui pioneiro aqui na minha cidade nessa coisa de fazer shows com cara profi, com luz e som profissional.
Lembro que produzi uma mostra de Música Evangélica Inédita, consegui patrocinadores e um som e luz de primeira categoria.

Quando apagou a luz e o som comeu, a diretora do colégio Batista onde estávamos realizando o evento, mandou acender as luzes do auditório e baixar o som. Quase morri.
Naquela época criei um grupo no estilo banda. 5 caras, eu tocava um piano Fender Rhodes.
Cantávamos alguns sucessos da época, músicas nossas e algumas do Asaph Borba.
O Asaph com seu grupo Godfritson lançava seus primeiros LPs que são pioneiros no Brasil para o tipo de Som/Louvor que está aí hoje. 
Vi artistas "Gospel" de sucesso me afirmarem que nunca receberam direito autoral por conta da "obra de Deus" em CDs que chegavam a furar de tanto rodar nas Rádios Gospel. 
Ontem minha mulher me perguntou se eu tinha um sonho. Então ao ver a menina filipina Charisse cantando na Oprah (GNT) eu me lembrei de um sonho: 
Ter um piano de cauda na minha sala para tão somente tocar e cantar ao Deus Absoluto. Sem platéia, sem crítica, sem medo de errar. 
Faz anos que não tenho piano e faz anos que não canto e não toco.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A mulher sábia edifica o lar... (cont entrevista)


Chico pergunta:
Caro Ronald, amado mano de fé !
Em Provérbios Salomão diz que a mulher sábia edifica o lar, mas a tola o destrói.
E de vez em quando eu ouço alguns afirmarem que por traz de um grande cara tem sempre uma grande mulher e que por traz de um cara ferrado tem sempre uma mulher ferrada.
Mano, você acha que isso é uma verdade absoluta ou existe a possibilidade de haver excessões?
Abraços para ti e para Liege !!!
Fuiiiiiiii!!!

Ronald responde:
Sábio Chico,
Salomão (sendo quem eu penso que era e é) era um cara esperto e falou bem.
A mulher tola ferra com o cara e com o lar, mas afirmar que por trás de um cara ferrado há uma mulher ferrada não vale.
Muitas e muitas vezes um cara ferrado tem atrás de si uma mulher dedicada e valente que carrega ele nas costas, do contrário ele estaria mais ferrado ainda.
E aqui vai o meu respeito a milhares e milhares de mulheres que seguram a onda em meio às crises financeiras, crises de emprego, crises de toda sorte pelas quais o ser humano passa.

"A religião é o ópio do povo" (cont entrevista)


Joailthon pergunta:
"A religião é o ópio do povo" - assim Karl Marx afirma!
O que ele quis dizer com isso:?
Ronald:
Religião: Ópio do povo
Nunca li nenhuma obra do Marx. Se li não me lembro de ter lido, talvez para algum trabalho da faculdade.
Mas o cara foi um pensador e tem suas razões.
deus (o diabo) instalou a religião para que os segredos do céu não fossem descobertos, por isso essa confusão dos diabos que impera nas religiões, inclusive a "cristã".
Não é o homem que vai a Deus.
É Deus que vem ao homem.
"Venha o teu REINO e seja feita a tua vontade" , e não a vontade do diabo ou as nossas vontades.

Qual sentimento tem sido evocado em vc? (cont entrevista)


Leandro pergunta:
Qual sentimento tem sido evocado em vc nos últimos dias?
Ronald: É um sentimento de certeza de que a graça absoluta deve ser anunciada a milhões de pessoas, e não é através de nada disso que conhecemos e que está institucionalizado e que se reproduz como câncer.

Religioso ou um pensador por si só? (cont entrevista)


Samuk pergunta:
Como vc passou de um ser religioso e espectador de performances na igreja para um ser pensante por si só? 

Ronald: 
Samuk, 
Eu era rato de igreja. Filho de Pastor. Tecladista de araque e líder de louvor na mocidade. Gostava de cantar... Mas pensava demais e dizia o que pensava. Isso incomodava as lideranças vassalas do sistema, pois bom líder no sistema igrejeiro que está aí, é o bom vassalo, o pé de boi, o subalterno por excelência que não discute nada, o puxa-saco do pastor. Não preciso dizer que nunca me deram o taco para nada. 

Antes e Depois da Liege (cont entrevista)



Sandra pergunta:
Dizem por aí (intrigas da oposição feminina) que "por trás de cada grande homem existe sempre uma grande mulher." 
Bem, bem.... claro que vc vai concordar ou vai dizer: a minha grande mulher não fica atrás, fica ao meu lado.
Mas, vamos deixar essas respostas formatadas de lado... eu quero que vc fale sobre a grande questão existencial/temporal de Ronald Loma em: A/L & D/L
Ronald: 
Sandra,
Antes e Depois de Liege... Antes da Liege eu estava mais perdido do que cusco em procissão. Quando me libertei das amarras da relação desigual, é que pude encontrar a Liege. Ela, por outras vias havia se colocado em liberdade dos jugos da religião, tendo pago em espécie a sua libertação (depois ela conta se quiser). A esta altura dos acontecimentos eu apenas levantara uma ponta da cortina dos discernimentos que hoje temos compartilhado com vocês. Meu livro sobre a bibliolatria estava praticamente pronto e bastante consistente.
DL
Depois da Liege, foi como se uma peça tivesse se encaixado com perfeição tal que de duas peças, agora só se vê uma peça só. A união abriu portas tanto para discernimentos maiores como para novas perspectivas profissionais e ministeriais, alem é claro de termos nos acertado em nossa vida sentimental. Acabou a busca, acabou a procura, acabou a solidão, acabou a tristeza, acabou o rodízio e acabou a angustia da incerteza acerca do futuro.  
Tal é o AL & DL

Críticas aos seus vídeos do Youtube (cont. entrevista no orkut) click aqui para ver os vídeos...



Patrícia pergunta:
Assisti todos os seus vídeos no youtube e aprendi muito com eles. Admiro sua coragem de se expor e falar o que pensa sem medo. Contudo, há nos comentários do youtube, críticas diversas, algumas pejorativas a sua pessoa e algumas surtam completamente.
Como você lida com este feedback negativo?

Ronald:
Patrícia, 
Vc é uma das poucas pessoas que captou e por si mesma consegue perceber as parábolas e alegorias. Por sua causa tive que eliminar uns vídeos nos quais eu falava das duas testemunhas...
Quanto às críticas negativas eu me dou por privilegiado, pois de Jesus falaram: tens demônio.
Meu papo desagrada qualquer religioso, seja de que espécie for.

Tirei todos os vídeos. Ficaram ultrapassados em relação à minha nova consciência. 10/03/2013

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Seguir a Cristo ou as Escrituras? (entrevista...)




Editado em 20/02/2013


Hoje o que as Escrituras representam para você?
A visão que a Bíblia é a Palavra de Deus, é aceita por você de forma literal?
É possível seguir a Cristo e as Escrituras?

As escrituras e não apenas as 66 escrituras canonizadas ao belprazer de exegetas são inspiradas.
Muito inspiradas.
Muitíssimo inspiradas.
Por demais inspiradas.
Incrivelmente inspiradas.
Divinamente Malignamente inspiradas.
Há uma mensagem que perpassa as escrituras. Ela aponta para o deus humano, que toma o poder, assume o poder, pisoteia a terra, domina a matéria e o universo material e relativo.
Ora, eu pensava que isto era Divino. Maravilhosamente Divino. Fantasticamente Divino.
Mas, desgraçadamente, é o ladrão que perverte a boa nova e passa a entronizar a velha má. Colocou as escrituras no papel principal, e esta virou  o ídolo em cuja "boca" a condenação é sacramentada sobre uma humanidade incapaz de qualquer discernimento.
Eu pensava, como muitos, que a Palavra de Deus, só havia uma: se chamava Jesus, e Bíblia era o nome de blasfêmia dado pelo homem à Besta. Dizia isto porque já não me restavam dúvidas a respeito. Dizia em sinceridade e perplexidade, conforme meu pensamento avançava em busca da verdade.

Hoje, percebo que esse era o objetivo do engano. Quem escapasse do engano do velho testamento, acabaria aceitando o engano do novo. A existência de um anticristo apenas dá credibilidade ao Cristo judaico.
O anticristo vem com a Bíblia na mão, pode ter certeza. Vem com o Novo Testamento e a neo-linguagem light gospel de um Jesus esotérico-germânico, avatar iluminado, mestre ascensionado.


O que a humanidade bibliotizada não discerne é a existência do antideus. O próprio Cristo que herda o trono do seu pai Jeová e se assenhoreia da terra cheio de ira e maldição, que é o contrário do Jesus mitológico e bonzinho adorado por toda a religião Cristã.

É impossível a um Cristão seguir o Cristo bíblico e as escrituras judaicas. Como esse Jesus bíblico não sobrevive sem escritura e sem condenação, qualquer que creia nele já está condenado porquanto não acredita na salvação gratuita e absoluta. Pela escritura ninguém se salva.


Qual o engano?
Atribuir ao deus humano e à doutrina da sanguinolência do deus judeu a GRAÇA ABSOLUTA do DEUS ABSOLUTO, que verdadeiramente perdoa os que não sabem o que fazem.

O falso deus, na hora H, pede ao pai para perdoar. O pai, sabemos pela escritura, jamais perdoa: exige sangue.


quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Vida sexual sendo solteiro pode?




Vc disse no início do tópico: "Foi uma época em que desmistifiquei a questão de sexo e relacionamentos"... Entendi que vc estava tendo uma vida sexual ativa sendo solteiro. Você acha correto uma pessoa nascida de novo ter vida sexual ativa sendo solteiro? Gostaria de ouvir um pouco sobre essa questão tão séria.

Obrigado.



Realmente, a questão sexual é uma questão séria.
Falarei tão somente por mim e de como entendo a questão.

Primeiro vejo que você coloca a sexualidade como incompatível com o estado civil de solteiro, e com a condição espiritual de "nascido de novo". Se não você, pelo menos toda a cristandade que conhecemos a coloca nesses termos. Dessa forma, tudo o que eu falar agora já começa a entrar nas estatísticas de heresias e objeto dos juízos legalistas.

Devo dizer, no entanto, que tratar de sexo, sexualidade e homossexualidade de forma honesta nos coloca em confronto com o farisaísmo cristão vigente.

O que penso, é que o estigma do pecado original, a marca do pecado original, tem a ver necessariamente com sexo, com a mistura das sementes, com as relações proibidas entre as raças Adâmica e Luciferiana, bem como de suas derivações, que incluem sexo com anjos caídos, sexo com animais, homosexualismo e sexo entre os híbridos., sexo entre irmãos e aparentados. Daí a neurose, a culpa, a condenação, a repressão, a fixação, a deturpação que se abate sobre o mundo em torno do assunto.

Os advogados do diabo, os promotores de justiça do diabo deliciam-se brandindo a “biblia” sobre as questões sexuais e sobre os desejos sexuais do ser humano descendente do Adão e da mulher decaídos. Eles se instituem reguladores e controladores da sexualidade humana, quais gigolôs e cafetinas com suas “bíblias” em punho, seus dedos em riste e seus olhares acusadores.

A mulher adúltera é uma alegoria de uma das mulheres primordiais que adultera com Samael, Lúcifer, Satanail, Satanás ou qualquer outro nome que as culturas tenham dado a este ser primordial.

Como resultado dessa relação, surge o filho do diabo, o "Caim", o cara marcado no corpo, o cara que mata o Justo, o tal mágico Elimas, o encantador de serpentes, o cara que foge e anda errante (Hebreu) pela terra.

Esse "Caim" tem uma relação incestuosa com a mãe a madrasta, e a irmã e homossexual com o próprio pai, o Lúcifer. A história oculta está contada em detalhes sórdidos nos episódios e lendas judaicas com seus heróis evangélicos, nos mitos e lendas antigas. Segundo a linha de raciocínio, essas relações também envolvem outros personagens primordiais e suas descendências, mas quem poderá provar?

Voltando ao tema, das condenações inspiradas pelo sacrossanto livro das acusações e condenações, o adolescente não pode se masturbar, os namorados não podem transar, os casados são obrigados a transar, ainda que sem amor, os divorciados, separados ou viúvos não podem transar, sendo condenados a uma vida de masturbação ou de abstinência sexual se não vierem a se casar novamente.

Quanto aos homossexuais, não podem ser o que são. Seria com alguém exigir ao pecador que não fosse pecador, ao coxo de nascença que não fosse coxo, ao canhoto que fosse destro.

Tratar da sexualidade, homossexualidade ou homoafetividade com honestidade é um problema insolúvel para o neo-fariseu, bibliânico judaizado.

Um certo homossexual falou da homossexualidade como sendo algo que só um idiota poderia escolher como modo de vida. Entendo que ele a vê como algo negativo, o que de certa forma já o coloca emparelhado com o pensamento homofóbico vigente.

O que posso dizer privadamente e com honestidade em relação ao que penso no momento sobre o assunto, é que não há pecado no mundo que não tenha sido cometido lá nos primórdios. As pulsões sexuais e homossexuais, as seduções do Lúcifer e da Lilith, a suruba original, a mistura das sementes, os incestos, são parte do pecado original. A grande suruba, que o Satanás, ou acusador denuncia o tempo todo na Bíblia.

Pôxa, mas não é esse o pecado que o camaleônico Shaul, Saulo, Paulo, o iluminado denuncia em Romanos? Pois é. Esse é o espírito acusador, o cara que andou fora do tempo e pregou em todo mundo o seu evangelho e amaldiçoa a que não o segue. É o mesmo "homem espiritual" que acusa o homem, o engana e o expulsa do paraíso para que não coma da Árvore da Vida. Ele é o maior enrolador de todos os tempos. O mais genial, mais astuto, convincente e perverso.

Pois se as seduções primordiais com sexo e dinheiro derrubaram e arrastaram o "Homem e a Mulher" para se misturarem com a raça Lilithiana e Luciferiana, devo acreditar que não haja nesta terra macho ou fêmea imune a algum tipo de tentação na área em questão.

Da mesma forma, as pessoas são um reflexo ou refletem nas suas vidas particulares as pulsões dos seres primordiais. Uma prova ou indício disso é a astrologia, pois tais "astros", são de fato, simbologias de seres primordiais regentes deste universo decaído a inspirar e controlar as vidas sabe-se lá por que meios.

A repressão da sexualidade seja ela hetero ou homossexualidade, pela via da lei, da moral e da religião é atividade satânica em sua essência (acusatória e condenatória).

O discurso farisaico da denúncia de pecados, exigência de santidade é carregado de idealismo e hipocrisia.
Toda a regulação moral, sexual, comportamental exigida pela letra morta pode e acredito ser idealista, mas obviamente, na vida real nada disso acontece, e se chega a acontecer, é pura doença e repressão que ao final resulta em muito sofrimento. Ela serve para induzir o homem decaído à uma culpa que originalmente não é dele, mas do próprio acusador que se regozija em acusar, acusar e acusar.

A religião “cristã” impõe ao “convertido” um novo nascimento como reza o versículo.

O convertido, ou novo-nascido não pode pecar mais, não peca mais, não pode mais estar sujeito aos desejos e obras da carne.

As obras da carne todos sabemos, já foram listadas por gente famosa e "importante", os velhos acusadoares, de forma que nos encontramos diante de um impasse: Como pode um nascido-de-novo ter vida sexual ativa sendo solteiro, já que segundo a “biblia” sexo fora do casamento e homossexualidade é pecado? Pois não é pecado o apenas olhar com intenção impura como acusa o Jesus em sua versão dada pelo velho cobrador de impostos?

Ora, a questão é simples, porque o problema do pecado está na carne. Se tirar a carne da jogada, some o problema do pecado.

Na verdade, o verdadeiro nascido-de-novo, é aquele que já se despediu desta carne de pecado, (morreu) e que por misericórdia e graça Do DEUS ABSOLUTO recebe uma nova veste, um corpo glorificado, um novo corpo. Em resumo, já foi absolutizado.

Este novo corpo não peca mais. O novo nascimento não é esta conversão em que se presumem novos-nascidos os crentes fundamentados no Moisés, no Saulo e sua Torá.

Isto que temos chamado de conversão e novo nascimento é nada mais e nada menos que o surgimento de um novo-fariseu, novo-religioso, que sai de uma posição de pecador-ignorante ou pecador-confesso, ou ainda de pecador-arrependido para uma super-classe de novo-crente, com direitos especiais de se tornar e vir a se tornar assistente de acusação do diabo.

Essa condição é otimizada quanto mais letrado e mais estudado nas leis do "Senhor" é o novo-fariseu.

Voltando ao sexo ou homossexo, que é a questão, eu imagino as noites de insônia que DEUS deve ter, pensando na sexualidade de um bilhão de chineses, que nunca ouviram falar do evangelho evangélico ou do evangelho católico, ou ainda de outros tantos, indianos, africanos, americanos e brasileiros.

Deus não está preocupado com o pecado de pecadores congênitos. Quem está preocupado é o diabo, acusador que se faz passar por Deus, o deus deste mundo, o deus de Abraão, Isaque e Jacó.

Sexo?
Homem e mulher os criou?
Ou existiu uma história anterior omitida deliberadamente pelo contador de histórias?
Foi assim desde o princípio?
Quem mente desde o princípio?
Quem contou a "história" desde o princípio?
Quem separou corporalmente o homem e a mulher?

Seja lá o que tenha verdadeiramente acontecido no princípio, o amor ainda parece ser o ideal do comportamento.

Pois o homem que anda em amor, não fode com o seu próximo, não fode consigo mesmo, não fode com sua parceira, não fode com seus filhos, isto para usar um linguajar bem popular e claro para todos. Que me desculpem os fariseus de carteirinha.

Felizes aqueles que em amor e sabedoria conseguem uma vida sexual equilibrada, uma vida de paixão e entrega com a mulher ou homem dos seus sonhos. Felizes aqueles que encontram um parceiro fiel. Felizes os que são felizes na fidelidade e no amor ao parceiro.
Nem todos tem essa felicidade. Muitos estão na busca, outros nem querem mais buscar. Contentam-se em ir pelo caminho alimentando-se das espigas que caem pelo solo.
A vida do descasado é dura.

Um crente descasado oraria assim: Pai nosso que estás no céu…. Dá-nos o sexo de cada dia, dá-nos o afeto de cada dia, dá-nos o gozo de cada dia… e livra-nos do mal.
Uma pessoa que se sabe salva por DEUS é honesta consigo mesma e sabe que é pecadora e que não há nela virtude alguma.

Resumo da novela: Tenta amar ao teu próximo. A obrigação de amar já lança em condenação toda a humanidade.

Adaptei este texto abrangendo um pouco da questão da homossexualidade.

Creio que há vários caminhos para a instalação da homossexualidade e homoafetividade no ser humano. Creio que há os que assim nasceram, os que se tornaram mediante processos derivados de um histórico educativo e experiencial, seja de traumas, vivências fruto de relacionamentos com terceiros, pais, mães, irmãos e relacionados e ainda os que entraram por esse caminho por sua própria conta, em consciência de seus próprios atos na idade adulta.

A origem dessas pulsões, como já falei, é lá nos primórdios. Exigir qualquer mudança, conversão é farisaísmo.

Quem vive debaixo do jugo do diabo já vive o inferno da condenação.

Livrar-se do jugo do Jeová, sua prole e demais acusadores é a primeira providência para a pacificação do ser.

Ter consciência da graça absoluta é um bálsamo para a existência, e nos possibilita agir com graça e perdão para consigo mesmo e para com o próximo. Talvez seja a única forma de haver libertação de prisões e tentações nessa área.

Fugir das igrejas e das religiões é imperioso. Converter crente da condenação para a GRAÇA é impossível, pois a tal falsa graça escriturística tem custo de sangue.

Anunciar a GRAÇA para os fodidos, desesperados, estuprados e repudiados pela religiosidade vigente não só é possível como necessário. Não há como fazer igreja para homossexual como não há como fazer igreja para heterossexual ou qualquer tipo de pecador. Quem mandou fazer igreja e encurralar pessoas em currais foi o diabo.

O DEUS verdadeiro tira as pessoas dos apriscos e prisões. Ele faz isso de forma absoluta e completa no tempo que se chama eternidade, no dia sétimo, no último dia, o dia do descanso, quando todos descansaremos desta vida terrena.

No meu caso, Deus me supriu. Comi das migalhas que sobejavam. Não subi ao leito do meu próximo ainda que tenha tido a oportunidade, e não sou melhor do que ninguém por isso. Hoje já não preciso das migalhas, e credito também a Deus essa bênção.



Finalizando, uma pessoa que se sabe salva e perdoada por Deus é honesta consigo mesma, sabe que é pecadora e que não há nela virtude alguma.

Essa pessoa tenta amar ao seu próximo, ocasião na qual ela não peca.
Resumo da novela: Ama ao teu próximo. 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O pecado original

QUEM É O JUMENTINHO?




Qual era o problema do Jumento? Estava preso. O que Jesus mandou fazer com o Jumento? Soltar.
O que os judeus julgaram? (Questionaram o motivo de Jesus ter mandado libertar o pobre jumento cativo.....) 
Jesus mandou dizer que era por que lhe era mister... Por que ele estava a fim... Só por isso.
Agora mais coisa... Jesus entra em "JERUSALÉM". Jerusalém = REINO
Como ele entra em Jerusalém? Com o JUMENTO que foi LIBERTO. Hosana! Hosana... Essa é a entrada triunfal de Jesus no Reino. Ele liberta o cativo e entra reinando ... Embaixo do manto... está o Cetro (Melquisedeque) do príncipe de Salém. Ele liberta o cativo do Cativeiro.
Fui procurar a palavra Jumento na Bíblia... Está lá em Deuteronômio... Deus amaldiçoando o diabo... e dizendo: O teu boi será morto aos teus olhos, porém dele não comerás; o teu jumento será roubado diante de ti, e não voltará a ti; as tuas ovelhas serão dadas aos teus inimigos, e não haverá quem te salve.
Em Jó: Quem despediu livre o jumento montês, e quem soltou as prisões ao jumento bravo.
Gênesis - Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à cepa mais excelente; ele lavará a sua roupa no vinho, e a sua capa em sangue de uvas.

Pois então, estou editando este texto depois de muito arrazoar sobre a verdade acerca das alegorias que são, de fato, ocultismos; enigmas cifrados os quais estão linkados ao longo de todas as escrituras. Minha leitura do enigma continua correta no que pretende a escritura, que é a libertação do jumento. O que mudou, está em textos mais recentes, que questionam a verdadeira autoria da escritura e a verdadeira paternidade do Jesus Judaico Escriturístico, mas este assunto é longo e por demais penoso aos escravos da escritura.


Quem é o Jonas?

Parábola do Bom Samaritano








Hj nós lemos essa parábola e seu contexto de forma diferente do usual. Na verdade, a história oculta talvez não se refira a um Jesus Verdadeiro, mas ao falso deus, eis que discirno que o Deus verdadeiro nao paga nem cobra conta nenhuma. Ele perdoa.

O Estudioso da Biblia e da Lei, o velho fariseu de fariseus, vai lá perguntar pra o Jesus escriturístico...

Jesus pergunta como ele interpreta... e ele respondeu certinho: Ama a teu próximo...

Jesus manda: faça isso e viverás.

Ora, de fato, isso para ele era uma impossibilidade, como é para qualquer um. Uma ordenança condenatória.

Aí o malandro se quebrou... Tentou sair fora dizendo não saber quem era o seu próximo.

Este velho sabido, sabia tudo mas não sabia quem era o próximo ou não queria saber. Esse Nico, Nicodemos, é ninguém mais e ninguém menos que o velho legalista, o diabo que não pode nascer de novo porque não é carne nem sangue, sempre infiltrado nos arraiais "cristãos" e misturado entre os discípulos, fingindo-se de convertido e "se fazendo passar por eles... como um deles".

(e aqui começa o discernimento presente)

O próximo era Jesus e a própria humanidade que sempre denomino de Adão
Ai começa a parábola...

Vinha certo homem de "Jerusalém" .

O homem foi ferido e massacrado ( referência ao Adão)

Passa o Sacerdote e o Levita e passam ao largo (referência tanto aos religiosos como aos judeus).

Vem o "Samaritano" (uma referência ao próprio Cristo que se compadece do Adão)

Este unge com óleo e vinho (óleo = Espírito. Vinho = Sangue vertido sobre o pó da Terra) e trata as feridas do Adão. A cura dos povos.

Ele coloca ele numa hospedaria e deixa o Adão aos cuidados do hospedeiro, que é também um personagem alegórico ao cara que cobra para cuidar ou hospedar o humano. A princípio eu pensava tratar-se do Espírito Santo, mas percebendo a natureza mercenária do personagem, já não tenho dúvidas de que é o velho cobrador de impostos, a saber o diabo, deus e dominador deste mundo terreno, para quem no final, Jesus teria pago todas as contas, todas as dívidas e faturas.

Ele deixa pago duas diárias.... (referência aos próximos dois mil anos até a sua volta)

Mas se passar um pouco ele pagaria o que faltasse (referência de que vai passar uma beirinha).

Ele promete voltar... E voltará. (pra pagar o resto da conta)

Amados, nós estamos na beirinha que falta....

Muitos desejaram ver estas coisas e não viram.

Graças a Deus ocultastes estas coisas dos sábios e entendidos e as revelastes aos pequeninos...

Muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram e ouvir o que ouvis e não ouviram.

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

Há outra perspectiva para este enigma:

Não há bom samaritano. Esse "samaritano" (terra de Samael: Lúcifer) é o falso. O caído é o velho caído...

E o ponto de vista muda tudo, mas confirma sempre o engano que protege os ocultistas.

Coloco para dentro do texto dois comentários importantes:

Hugo Lucena Theophilo disse... 

Então Deus contratou os serviços do Diabo para que esse cuidasse da humanidade por uns tempos?

20 de abril de 2011 05:38

 Ronald disse... 

Pois aparentemente é o enigma proposto pela parábola. Eu achava que essas parábolas eram propostas por Deus, mas recentemente tenho visto que o ocultismo não é coisa de Deus, mas sempre do diabo. Sendo essa a versão do diabo, não creio que se deva dar crédito, pois pode ser que o tal "bom samaritano" não seja verdadeiramente o verdadeiro Jesus, mas o falso deus, a saber, o antideus, o que tomou o lugar de DEUS. O jeito é ficar esperto com o velho enganador e mentiroso, e espreitar-lhe as intenções, entre as quais se fazer passar por bonzinho e querer se assentar nos lugares celestiais para receber louvores e adoração. Outro enigma ou ocultismo aí presente nessa parábola, é a tal Samaria, terra que discirno como terra da Lilith, terra de Samael, ou deserto. A terra da águia, terra seca. Uma dimensão. Isso reforça a tese de que este pode ser o antiDEUS. Outra coisa: Não creio que DEUS entregou o mundo ou a humanidade para o diabo cuidar. O que acredito, é que o homem foi roubado, sequestrado, como sugere e aponta o livro de Melquisedeque recentemente encontrado. Parábola por parábola, os enigmas são de fato propostos e as forças ocultas vão contando as suas versões dos fatos.

Essa leitura diferencida que dá para se fazer sobre a parábola do "bom samaritano", é que de fato, não existe bom samaritano. Samaria é uma alegoria do lugar ruim, a terra da Lilith, o deserto que também é alegoria do inferno ou casa do diabo.

Ora, se não existe bom samaritano, então esse bom samaritano é o falso que "paga" as contas para o hospedeiro que não perdoa conta nenhuma.

Dessa forma, podemos entender que de fato, o verdadeiro Jesus se existisse um verdadeiro, não entregaria o ferido para outro cuidar, mas ele mesmo o curaria de seus males.

Este sim, de fato, o BOM. Não bom pastor, mas o bom DEUS.

Mas pensar que ELE já resolveu tudo, ainda que se imagine que ele pagou alguma coisa, já é um grande avanço.

O entendimento sobre esta parábola ou enigma, é um bom exemplo de como as coisas avançaram em minha cabeça, e os vários pontos de vista que se pode obter de uma mesma situação.

Outro enigma semelhante é proposto quando Natanael pergunta a Filipe: Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? 
João 1:46 - 
Resposta: Não... mas... veja bem... Não era para ser, Sim, sim, não, não e o que passasse disso era do maligno?  Pois então. Resposta para o enigma: NÃO.

Filhos do diabo

A mulher pecadora

O Leproso Naamã - o Ciro

As parábolas...

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Israel vai colocar íntegra manuscr. do Mar Morto


Equipe liderada por ex-pesquisador da Nasa deve recuperar trechos ilegíveis dos textos.Obras incluem versões antigas da Bíblia, textos apocalípticos e orientações de seita judaica.
Os textos mais importantes e polêmicos da época de Jesus vão ser disponibilizados na íntegra na internet, informa o jornal americano "New York Times". Trata-se da coleção completa dos chamados manuscritos do mar Morto, textos encontrados em Israel que datam do século 3 a.C. ao século 1 d.C. e traçam um retrato complexo e fascinante do judaísmo na época de Cristo. O Conselho de Antigüidades de Israel começou nesta semana a digitalizar os 15 mil fragmentos de texto, e a expectativa é colocá-los de graça na web nos próximos anos.
O trabalho é uma ferramenta essencial para a preservação desse legado histórico, porque os manuscritos do mar Morto só sobreviveram durante mais de 2.000 anos porque foram armazenados em condições especiais nas cavernas da região desértica de Qumran, na Cisjordânia. Mesmo com tentativas laboratoriais de manter os textos em situação semelhante, há exemplos de letras desaparecendo e outras ameaças à integridade física dos rolos.
O trabalho de digitalização dos manuscritos está sendo liderado por Greg Bearman, pesquisador aposentado do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa. Bearman está usando uma câmera especial que consegue recuperar trechos ilegíveis da antiga escrita hebraica e aramaica. O texto de todos os manuscritos (alguns equivalentes a livros inteiros, outros correspondentes a uma frase ou até uma única palavra) já foi publicado, mas a idéia é que especialistas e leigos do mundo todo possam ter acesso aos originais e consigam examiná-los virtualmente de vários ângulos.
A Bíblia inteira e algo mais
Aparentemente, os textos de Qumran, como são conhecidos, eram exclusivamente judaicos. Foram encontrados exemplares (inteiros ou fragmentados) de quase todos os livros da Bíblia hebraica (equivalente ao Antigo Testamento protestante), com exceção do livro de Ester e do Primeiro Livro das Crônicas. Apesar da existência de variantes, os manuscritos do mar Morto têm bom grau de concordância com o texto bíblico que chegou até nós, o que mostra a existência de uma tradição textual contínua entre as Escrituras que podemos ler hoje e as que existiam cerca de 200 anos antes do nascimento de Jesus. 
No entanto, as cavernas de Qumran também abrigavam jarros contando textos até então desconhecidos dos estudiosos do judaísmo antigo. Alguns são comentários sobre o texto bíblico, salmos e orações. Outros, porém, parecem retratar as crenças de uma seita judaica radical que teria vivido na região (embora essa interpretação esteja sob ataque atualmente). Um dos mais famosos exemplares dessa categoria é o Pergaminho da Guerra, também conhecido como "A Guerra dos Filhos da Luz contra os Filhos das Trevas", aparentemente uma espécie de apocalipse.
Há indícios de que a comunidade de Qumran se considerava a verdadeira representante da fé judaica, enquanto os sacerdotes do Templo de Jerusalém e a maioria dos outros judeus seriam condenados por Deus no Juízo Final. Até hoje, nenhum estudioso conseguiu demonstrar uma influência direta dos manuscritos do mar Morto sobre os primeiros cristãos. 
Fonte: G1

Melquisedeque - O Sétimo Livro... o melhor de todos...

Melquisedeque
Este é para mim o livro mais importante que já li nos últimos anos. 
Postei os seis livros que contam a História da Criação e agora estou lincando o sétimo Livro que contam duas histórias:
. A História de um Vaso
. A História de Salén.
É realmente impressionante!
A cada dia, uma revelação nova a respeito do Reino de Deus.
Está cada vez mais evidente o final dos tempos e a expectativa da volta de Cristo.
Maranata!!
(Clicar sobre o título para abrir o link do Livro.)

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Livro de Melquisedeque - A Criação do Universo 2

O tão acalentado sonho do Criador se concretizara. Agora, como Pai carinhoso, conduzia as criaturas através de uma_eternidade de harmonia e paz. Em virtude do cumprimento das leis divinas, o Universo expandia-se em felicidade e glória._Havia um forte elo de amor, que a todos unia fortemente. Os seres racionais, dotados da capacidade de um desenvolvimento_infinito, encontravam indizível prazer em aprender os inesgotáveis tesouros da Sabedoria divina, transmitindo-os aos_semelhantes. Eram como canais por meio dos quais a Fonte da Eterna Vida nutria a todos de amor e luz.
Em Jerusalém, os ministros do reino reuniam-se ante o soberano Rei, sempre prontos a cumprir os Seus propósitos. Era_através de Lúcifer que o Eterno tornava manifesto os Seus desígnios. Depois de receber uma nova revelação, ele prontamente a transmitia às hostes angelicais. Estas, por sua vez, a compartilhavam com a criação. Em célere vôo os anjos rumavam para as terras planetas capitais, onde, em grandes assembléias, reuniam-se os representantes dos demais mundos.
Em muitas dessas assembléias, Lúcifer fazia-se presente, enchendo os participantes de alegria e admiração. Perfeito em todas as virtudes, ele os cativava com sua simpatia. Nenhum outro anjo conseguia revelar como ele os mistérios do amor do Eterno.

O Universo, alimentando-se da Fonte da Vida, expandia-se numa eternidade de perfeita paz. A obediência às leis divinas era o_fundamento de todo progresso e felicidade. Ainda que conscientes do livre-arbítrio, jamais subira ao coração de qualquer_criatura o desejo de se afastar do Criador. Assim foi por muito tempo, até que tal problema irrompeu na vida daquele que era_o mais íntimo do Eterno.
Lúcifer, que dedicara sua vida ao conhecimento dos mistérios da luz, sentiu-se aos poucos atraído pelas trevas. O Rei do_Universo, aos olhos de quem nada pode ser encoberto, acompanhou com tristeza os seus passos no caminho descendente que leva à morte. A princípio, uma pequena curiosidade levou Lúcifer a se aproximar daquele abismo profundo. Contemplando-o, ele começou a indagar o porquê de não poder compreender o seu enigma.
Retornando a seu lugar de honra, junto ao trono, prostrou-se ante o divino Rei, suplicando-Lhe:
- Pai, dá-me a conhecer os segredos das trevas, assim como me revelas a luz.
Ante o pedido do formoso anjo, o Eterno, com voz expressiva de tristeza, disse-lhe:
- Meu filho, você foi criado para a luz, que é vida.
Convencendo-se de que o Criador não lhe revelaria os tesouros das trevas, Lúcifer decidiu compreender por si mesmo o_enigma. Julgava-se capacitado para tanto.
Só Deus sabia o que se passava no coração de Lúcifer. O anjo, que fora criado para ser o portador da luz, estava_divorciando-se em pensamentos do bondoso Criador que, num esforço de impedir o desastre, rogava-lhe permanecer a Seu_lado.
Uma tremenda luta passou a travar-se em seu íntimo. O desejo de conhecer o sentido das trevas era imenso, contudo, os rogos_daquele amoroso Pai, a quem não queria também perder, o torturavam. Vendo o sofrimento que sua atitude causava ao_Criador, às vezes demonstrava arrependimento, mas voltava a cair.
Antes de criar o Universo, Deus já previra a possibilidade de uma rebelião. O risco de conceder liberdade às criaturas era_imenso, mas, sem este dom, a vida não teria sentido. _ Ele queria que a obediência fosse fruto de reconhecimento e amor, por isso decidiu correr o grande_risco.
Ainda que prosseguisse na busca do sentido das trevas, Lúcifer não pretendia abandonar a luz. Esforçava-se para chegar a_uma combinação entre essas partes que, no reino do Eterno, coexistiam separadas. Finalmente, com um sentimento de_exaltação, concebeu uma teoria enganosa, que pretendia apresentar ao Universo como um novo sistema de governo, superior ao governar do Eterno. Denominou sua Lei "a ciência do bem e do mal".
Estruturada na lógica, a ciência do bem e do mal revelou-se atraente aos olhos de Lúcifer, parecendo descerrar um sentido de_vida superior àquele oferecido pelo Criador, cujo reino possibilitava unicamente o conhecimento experimental do bem. No_novo sistema, haveria equilíbrio entre o bem e o mal, entre o amor e o egoísmo, entre a luz e as trevas.
Ao longo do tempo em que amadurecera em sua mente a ciência do bem e do mal, Lúcifer soube guardar segredo diante do_Universo. Continuava em seu posto de honra, cumprindo a função de Portador da Luz. Contudo, por mais que procurasse_fingir, seu semblante já não revelava alegria em servir ao Eterno.
O divino Rei, que sofria em silêncio, procurava, por meio de Suas revelações de amor, preparar as criaturas racionais para a_grande prova que se aproximava. Sabia que muitos dariam ouvido à tentação, voltando-Lhe as costas. A noite da provação_faria sobressair, contudo, os verdadeiros fiéis - aqueles que serviam ao Criador não por interesse, mas por amor.
Ao ver que a hora da prova chegara, e que Lúcifer estava pronto para traí-Lo diante do Universo, o Eterno, que jamais_cessara de revelar os tesouros de Sua sabedoria, tornou-se silencioso e contemplativo. O silêncio fez reviver no coração das_hostes a lembrança daquela primeira excursão sideral, quando, depois de lhes mostrar as riquezas do reino da luz, Deus_tornou-se silencioso ante aquele abismo. Lembram-se de Suas palavras: "Todos os tesouros da luz estarão abertos ao vosso_conhecimento, menos os segredos ocultos pelas trevas. Sois livres para me servirem ou não. Amando a luz estareis ligados à_Fonte da Vida".
Lúcifer, que passara a cobiçar o trono de Deus, indagou-Lhe o motivo de Seu silêncio. O Criador, contemplando-o com_infinita tristeza, disse-lhe: "É chegada a hora das trevas. Você é livre para realizar seus propósitos".
Vendo que o momento propício para a propagação de sua teoria havia chegado, Lúcifer convocou os anjos para uma reunião_especial. As hostes, desejosas de conhecer o significado do silêncio do Pai, tomaram seus lugares junto ao magnífico anjo, que_sempre lhes revelara os tesouros do reino da luz.
Lúcifer começou seu discurso exaltando, como de costume, o governo do Eterno. Num amplo retrospecto, lembrou-lhes as_grandiosas revelações que os enriquecera em toda aquela eternidade.
O silêncio divino, apresentou-o como sendo a indicação de que o Universo alcançara a plenitude do conhecimento oriundo da_luz. Silenciando, o Eterno abria-lhes caminho para o entendimento de mistérios ainda não sondados, mantidos até então além_dos limites de Seu governo.
Surpresas, as hostes tomaram conhecimento da experiência de Lúcifer sobre as trevas. Com eloqüência, ele falou-lhes da_ciência do bem e do mal, indicando-a como o caminho das maiores realizações.
O efeito de suas palavras logo se fez sentir em todo o Universo. A questão era decisiva e explosiva, gerando pela primeira vez_discórdia. Os seres racionais, em sua prova, tinham de optar por permanecer somente com o conhecimento da luz, o qual_Lúcifer afirmava haver chegado ao seu limite, ou se aventurar no conhecimento da ciência do bem e do mal. No começo, os_anjos debateram-se diante da questão, sendo logo depois todo o Universo posto à prova. Dir-se-ia que a ciência do bem e do_mal haveria de arrebanhar a maior parte das criaturas, mas, aos poucos, muitos que a princípio se empolgaram com a teoria,_despertaram para a ilusão da mesma, reafirmando sua fidelidade ao reino da luz. Ao fim desse conflito, que se arrastou por_longo tempo, revelou-se um terço das estrelas do céu ao lado de Lúcifer, e as restantes, ainda que abaladas pela prova ao lado_do Eterno.
A ciência do bem e do mal fora apregoada por Lúcifer como um novo sistema de governo. Mas como exercê-lo, se o Eterno_continuava reinando em Sião? O conselho, formado pelos anjos rebeldes, passou a tratar disso. Decidiram, finalmente, solicitar-Lhe o trono por um tempo determinado, no qual poderiam demonstrar a excelência do novo sistema de governo. Caso fosse aprovado pelo Universo, o novo sistema se estabeleceria para sempre; caso contrário, o domínio retornaria ao Criador.
Foi assim que Lúcifer, acompanhado por suas hostes, aproximou-se d'Aquele Pai sofredor, fazendo-Lhe tal pedido.
O Eterno não era ambicioso, apenas queria bem às Suas criaturas. Se a ciência do bem e do mal consistisse realmente num_bem maior, não Se oporia à sua implantação, cedendo o trono a seus defensores. Mas Ele sabia que aquele caminho conduziria_à infelicidade e à morte.
Movido por Seu amor protetor, o Criador desatendeu o pedido das hostes rebeldes, que se afastaram enfurecidas.
Lúcifer e suas hostes passaram a acusar o divino Rei, proclamando ser o seu governo de tirania._Afirmavam ser sua permanência no trono a mais patente demonstração de Sua arbitrariedade. Não lhes concedera liberdade de escolha? Por que neutralizá-la agora, impedindo-os de pôr em prática um sistema de governo superior?
As acusações das hostes rebeldes repercutiram por todo o Universo, fazendo parecer que o governo do Eterno era injusto._Isto trouxe profunda angústia àqueles que permaneciam fiéis ao reino da luz. Não sabendo como refutar tais acusações, essas_criaturas, emudecidas pela dor moral, ansiavam pelo momento em que novas revelações procedentes do Criador pudessem_aclarar-lhes os mistérios desse grande conflito.
As acusações e blasfêmias das hostes rebeldes alcançavam o ponto culminante quando o Eterno, num gesto surpreendente,_ergueu-se de Seu trono, como que pronto a deixá-lo. Os infiéis, na expectativa de uma conquista, aquietaram-se, enquanto um_sentimento de temor penetrava no coração dos súditos da luz. Entregaria Ele o domínio de toda a criação, para livrar-Se das_vis acusações? De acordo com a lógica a partir da qual Lúcifer fundamentava seus ensinamentos, não restava outra alternativa_ao Criador. Nesta tremenda expectativa, o Universo acompanhava os passos de Deus.
Num gesto de humildade, o Criador despojou-Se de Sua coroa e de Seu manto real, depondo-os sobre o alvo trono. Em Seu_semblante não havia expressão de ressentimento ou ira, mas de infinito amor e tristeza.
Com solenidade, o Eterno proclamou que o momento decisivo chegara, quando cada criatura deveria selar sua decisão ao lado_da luz ou das trevas. Numa ampla revelação, alertou para as conseqüências de um rompimento com a Fonte da Vida.
Lúcifer e seus seguidores estavam conscientes da seriedade daquele momento. _ Vendo que o Trono permanecia vazio, Lúcifer e suas hostes, dominados pela cobiça, romperam definitivamente com_o Criador
Ao ver um terço dos súditos transpor as divisas da eterna separação, Deus deixou extravasar a dor angustiante que por tanto tempo martirizava Seu coração, curvando-Se em inconsolável pranto. Contemplando Seus filhos rebeldes, ergueu a voz numa lamentação dolorosa: "Meus filhos, meus filhos! Já não posso chamá-los assim! Queria tanto tê-los nos braços meus!_Lembro-Me quando os formei com carinho! Vocês surgiram felizes e perfeitos, em acordes de esperança em eterna harmonia!_Vivi para vocês, cobrindo-os de glória e poder! Vocês foram a minha alegria! Por que seus corações mudaram tanto? O que_mais poderia eu ter feito para fazê-los permanecer comigo? Hoje minh'alma sangra em dor pela separação eterna! Como_olharei para os lugares vazios onde tantas vezes rejubilantes ergueram as vozes em hosanas festivas, sem me vir à mente um_misto da felicidade e dor?! Saudade infinita já invade o meu ser, e sei que será eterna!
Hoje o meu coração rompeu e quebrou-se; as cicatrizes carregarei para sempre!
Depois de proclamar em pranto tão dolorosa lamentação, o Eterno, dirigindo-Se a Lúcifer, o causador de todo o mal, disse:_"Você recebeu um nome de honra ao ser criado. Agora não mais o chamarão Lúcifer, mas Satã, O Senhor das Trevas".
Depois de lamentar a perdição das hostes rebeldes, o Eterno, em lentos passos, ausentou-se do jardim do Éden, lugar do trono_Universal.. Onde seria agora a Sua morada....
As hostes fiéis acompanharam reverentes os Seus misteriosos passos de abandono, que pareciam descerrar um futuro difícil, de_sofrimentos e humilhações. Ocupariam os rebeldes o divino trono, profanando-o como domínio do pecado? Esta indagação_torturava o coração dos súditos do Eterno.
Deixando Sua amada Cidade, o Senhor da luz conduziu-Se, em meio às glórias do Universo, em direção do abismo imenso, a_respeito do qual silenciara até então. Ali deteve-Se mais uma vez, emudecido, enquanto parecia ler nas trevas um futuro de_grandes lutas. Ante o sofrimento do Eterno, expresso na tristeza de Seu semblante, os fiéis puderam finalmente compreender o_significado daquele misterioso abismo: consistia numa representação simbólica do reino da rebeldia.
Na face entristecida de Deus manifestou-se, por fim, um brilho que aos fiéis animou. Erguendo os poderosos braços ante as_trevas, ordenou em alta voz: "Haja luz."
Imediatamente, a luz de Sua presença inundou o profundo abismo e, triunfando sobre as trevas, revelou um mundo inacabado,_coberto por cristalinas águas. Com esse gesto, iniciava o Eterno uma grande batalha pela reivindicação de Seu governo de luz;_batalha do amor contra o egoísmo; da justiça contra a injustiça; da humildade contra o orgulho; da liberdade contra a_escravidão; da vida contra a morte. Batalha que, sem trégua, se estenderia até que, no alvorecer almejado, pudesse o divino_Rei retornar vitorioso ao santo monte Sião, onde, entronizado em meio aos louvores dos remidos, reinaria para sempre em_perfeita paz. As trevas, em sua fuga, apontavam para o aniquilamento final da rebeldia.
As águas abundantes que cobriam aquele mundo, até então oculto, simbolizavam a vida eterna que para os fiéis seria_conquistada pelo amor que tudo sacrifica.
O mundo revelado era a Terra. Visitada pelas trevas e pela luz, ela seria o palco da grande luta.

Rejubilavam-se os fiéis ante o triunfo da luz naquele primeiro dia, quando as trevas em sua fúria rolaram sobre o planeta,_sucumbindo-o em densa escuridão. A luz, que parecia vencida, renasceu vitoriosa num lindo alvorecer.
Ao raiar a luz do segundo dia, o Eterno ordenou: "Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre água e_águas."
Imediatamente, o calor de Sua luz fez com que imensa quantidade de vapor se elevasse das águas, envolvendo o planeta num_manto de transparência anil. Surgiu assim a atmosfera, com sua mistura perfeita de gases que seriam essenciais à vida que em_breve coroaria o planeta. O Criador, contemplando a expansão, denominou-a "céus".
A atmosfera, que cheia de brilho envolvia a Terra, sombreou-se ao sobrevir o crepúsculo de um outro entardecer.

Livro de Melquisedeque - A Criação do Universo I

Antes que existisse uma estrela a brilhar, antes que houvesse anjos a cantar, já havia um céu, o lar do Eterno, o único Deus.
Perfeito em sabedoria, amor e glória, viveu o Eterno uma eternidade, antes de concretizar o Seu lindo sonho, na criação do Universo.
Os incontáveis seres que compõem a criação foram, todos, idealizados com muito carinho. Desde o íntimo átomo às gigantescas galáxias, tudo mereceu Sua suprema atenção.

Movendo-Se com majestade, iniciou Sua obra de_criação. Suas mãos moldaram primeiramente um mundo de luz, e sobre ele uma montanha fulgurante sobre a qual estaria para_sempre firmado o trono do Universo. Ao monte sagrado Deus denominou: Sião.
Da base do trono, o Eterno fez jorrar um rio cristalino, para representar a vida que d'Ele fluiria para todas as criaturas.
Como sala do trono, criou um lindo paraíso que se estendia por centenas de quilômetros ao redor do monte Sião. Ao paraíso_denominou: Éden.
Ao sul do paraíso, em ambas as margens do rio da vida, foram edificadas numerosas mansões adornadas de pedras preciosas,_que se destinavam aos anjos, os ministros do reino da luz.
Circundando o Éden e as mansões angelicais, construiu Deus uma muralha de jaspe luzente, ao longo da qual podiam ser vistos_grandes portais de pérolas.

Com alegria, o Eterno contemplou a Capital sonhada. _ Carinhosamente, o grande Arquiteto a denominou: Jerusalém, a Cidade da Paz.
Deus estava para trazer à existência a primeira criatura racional. Seria um anjo glorioso, de todos o mais honrado. Adornado_pelo brilho das pedras preciosas, esse anjo viveria sobre o monte Sião, como representante do Rei dos reis diante do_Universo.
Com muito amor, o Criador passou a modelar o primogênito dos anjos. Toda sabedoria aplicou ao formá-lo, fazendo-o_perfeito. Com ternura concedeu-lhe a vida; o formoso anjo, como que despertando de um profundo sono, abriu os olhos e_contemplou a face de seu Autor.
Com alegria, o Eterno mostrou-lhe as belezas do paraíso, falando-lhe de Seus planos, que começavam a se concretizar. Ao ser conduzido ao lugar de sua morada, junto ao trono, o príncipe dos anjos ficou agradecido e, com voz melodiosa, entoou seu_primeiro cântico de louvor.
Das alturas de Sião, descortinava-se, aos olhos do formoso anjo, Jerusalém em sua vastidão e esplendor. O rio da vida, ao_deslizar sereno em meio à Cidade, assemelhava-se a uma larga avenida, espelhando as belezas do jardim do Éden e das_mansões angelicais.

Envolvendo o primogênito dos anjos com Seu manto de luz, o Eterno passou a falar-lhe dos princípios que haveriam de reger o_reino universal. Leis físicas e morais deveriam ser respeitadas em toda a extensão do governo divino.
As leis morais resumiam-se em dois princípios básicos: amar a Deus sobre todas as coisas e viver na fraternidade com todas as criaturas. Cada criatura racional deveria ser um canal por meio do qual o Eterno pudesse jorrar aos outros vida e luz. Dessa forma, o_Universo cresceria em harmonia, felicidade e paz.
Depois de revelar ao formoso anjo as leis de Seu governo, o Eterno confiou-lhe uma missão de grande responsabilidade: seria_o protetor daquelas leis, devendo honra-las e revela-las ao Universo prestes a ser criado. Com o coração transbordante de_amor a Deus e aos semelhantes, caber-lhe-ia ser um modelo de perfeição: seria Lúcifer, o portador da luz.
O príncipe dos anjos; agradecido por tudo, prostrou-se ante o amoroso Rei, prometendo-Lhe eterna fidelidade.

O Eterno continuou Sua obra de criação, trazendo à existência inumeráveis hostes de anjos, os ministros do reino da luz. A_Cidade Santa ficou povoada por essas criaturas radiantes que, felizes e gratas, uniam as vozes em belíssimos cânticos de louvor_ao Criador.
Deus traria agora à existência o Universo que, repleto de vida, giraria em torno de Seu trono firmado em Sião. Acompanhado_por Seus ministros, partiu para a grandiosa realização.
Depois de contemplar o vazio imenso, o Eterno ergueu as poderosas mãos, ordenando a materialização das multiformes_maravilhas que haveriam de compor o Cosmo. Sua ordem, qual trovão, ecoou por todas as partes, fazendo surgir, como que_por encanto, galáxias sem conta, repletas de mundos e sóis - paraísos de vida e alegria -, tudo girando harmoniosamente em_torno do monte Sião.
Ao presenciarem tão grande feito do supremo Rei, as hostes angelicais prostraram-se, fazendo ecoar pelo espaço iluminado um_cântico de triunfo, em saudação à vida. Todo o Universo uniu-se nesse cântico de gratidão, em promessa de eterna fidelidade_ao Criador.

Guiados pelo Eterno, os anjos passaram a conhecer as riquezas do Universo. Nessa excursão sideral, ficaram admirados ante a_vastidão do reino da luz. Por todas as partes encontravam mundos habitados por criaturas felizes que os recebiam em festa. Os anjos saudavam-nos com cânticos que falavam das boas novas daquele reino de paz.
Tão preciosa como a vida, a liberdade de escolha, através da qual as criaturas poderiam demonstrar seu amor ao Criador,_exigia um teste de fidelidade. Com o propósito de revelá-lo, o Eterno conduziu as hostes por entre o espaço iluminado, até se_aproximarem de um abismo de trevas que contrastava com o imenso brilho das galáxias. Ao longe, esse abismo revelara-se_insignificante aos olhos dos anjos, como um pontinho sem luz; mas à medida de sua aproximação, mostrou-se em sua_enormidade. O Criador, que a cada passo revelava aos anjos os mistérios de Seu reino, ficou ali silencioso, como que_guardando para Si um segredo. As trevas daquele abismo consistiam no teste da fidelidade. Voltando-Se para as hostes, o_Eterno solenemente afirmou:
-"Todos os tesouros da luz estarão abertos ao vosso conhecimento, menos os segredos ocultos pelas trevas. Sois livres_para me servirem ou não. Amando a luz estareis ligados à Fonte da Vida".
Com estas palavras, fez Deus separação entre a luz e as trevas, o bem e o mal. O Universo era livre para escolher seu destino.

OS ROLOS DO MAR MORTO


Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o bem. ( I te. 5: 19,20,21) BIBLIA

(Uma Introdução aos Livros de Melquisedeque, um relato sobre a origem dos livros)

No deserto da Judéia, no litoral do Mar Morto, não distante de Jerico, acampava-se uma tribo semi - beduina conhecida como Taamireh. Era o início da primavera de 1947, quando um dos filhos daquela tribo, Muhammad edh-Dhib,um jovem de apenas 15 anos de idade, pastoreava o rebanho de seu pai. Ao_retornar para casa, descobriu que estava faltando uma cabra. Deixando o rebanho seguro no curral, retornou sem demora à procura da que havia se transviado._Depois de caminhar por muitas partes em busca da cabra perdida, o beduíno sentou-se à sombra de uma grande pedra, subitamente seus olhos voltaram-se para uma estreita fenda na rocha, arremessando uma pedra em direção do buraco. Fez várias tentativas, até que acertou o alvo._Sua conquista foi imediatamente seguida pôr um ruído surdo que repercutindo dentro da caverna,pareceu-lhe o som de um vaso de barro quando cai. Achou muito estranho aquilo, aproximou-se da pequena abertura, seus olhos começaram a avistar contornos que pareceu-lhe grandes jarros de barro. Retornando a sua tenda, contou a sua experiência ao irmão mais velho, Ahmed Muhammad, assim que o dia raiou, pediu que seu irmão o levasse àquele lugar._Encontraram nos vasos vários rolos de couro de cabra, concluíram que poderiam conseguir algum dinheiro com eles, vendendo-os para algum sapateiro._Khalil Iskander Shahin, conhecido como Kando, tinha uma sapataria em Belém. Remendava uma bolsa quando dois beduínos entraram em sua sapataria arrastando consigo sete grandes rolos. Colocando-os sobre o balcão,perguntaram o quanto ele poderia pagar pôr todo aquele couro. Analisando os rolos,viu que estavam muito envelhecidos e, com certeza, não lhe seriam muito úteis._Khalil estava para se despedir dos moços, quando observando todas aquelas escritas, resolveu adquiri-los, pensando em revendê-los para algum colecionador de antiguidades. Pagou então uma ninharia por eles, e os rapazes, ainda que cansados pôr todo esforço, saíram agradecidos._Athanasius Y. Samuel, arcebispo metropolitano do Mosteiro São Marcos, em Jerusalém, tomou conhecimento sobre os rolos, adquiriu quatro deles. Alguns dias depois, Khalil vendeu os outros três, para o professor Eleazer Lipa Sukenik da Universidade Hebraica de Jerusalém._Ao analisar os seus quatro rolos, Athanasios, conscientizou-se de haver adquirido uma preciosidade. Decidido a fazer fortuna com sua venda, levou-os clandestinamente para os Estados Unidos, onde passou a oferecê-los para pessoas e instituições que acreditava poder se interessar pôr eles. Ninguém, contudo, aceitou sua proposta, pois o preço exigido era muito alto._Desanimado, Athanasios decidiu, numa última tentativa, colocar um anúncio no Wall Street Journal, o General Yigael Yadin, Chefe do Estado-Maior do Exército Israelense, estava à procura dos manuscritos, quando ao ler o Wall Street Journal, foi atraído para o pequeno artigo que falava daqueles quatro rolos encontrados no Mar Morto, contendo manuscritos bíblicos datados, o mais tardar, pelo ano de 200 a.C, Yigael era filho do professor Eleazer que comprara os três últimos rolos._Desde então, estavam desesperados à procura dos outros quatro. Yigael pagou 250.000 dólares pelos quatro rolos_Ao serem os sete rolos cuidadosamente analisados pôr eruditos em Israel, comprovou-se que se tratavam dos mais antigos manuscritos já descobertos pelo homem, datados de tempos anteriores aos dias de Cristo. Um dos rolos, o mais conservado dos sete, apresenta uma cópia do livro de Isaías que, ao ser comparado com as cópias modernas, trouxe a certeza de que não houve nesses dois milênios nenhuma alteração significativa de sua mensagem profética._Os demais manuscritos, que são também de grande importância, são: O Manuscrito de Lameque, conhecido como O Apócrifo de Gênesis, que apresenta um relato ampliado do Gênesis; A Regra da Guerra que descreve a grande batalha final entre os filhos da luz e os filhos das trevas, sendo os descendentes das tribos de Levi, Judá e Benjamim retratados como os filhos da luz, e os edomitas, moabitas, amonitas, filisteus e gregos representados como os filhos das trevas. Há também um pergaminho com Os Hinos de Ação de Graças (Hodayot), uma seqüência de 33 salmos que eram cantados, em cultos de adoração ao Criador._Dois anos depois da experiência daqueles jovens beduínos, dois arqueólogos, G.L.Harding e R. De Vaux, auxiliados pôr quinze habitantes daquela região do Mar Morto, começaram novas buscas nas proximidades daquela caverna que viria a ser conhecida como Gruta 1._No mês de fevereiro de 1952, encontraram finalmente, ao sul da Gruta 1, a Gruta 2, na qual encontraram partes de dezessete manuscritos bíblicos e uma porção maior de partes de manuscritos não-bíblicos. Ao todo, encontraram 187 fragmentos._Com a descoberta da Gruta 2, a atenção dos arqueólogos e de todos aqueles pesquisadores do Mar Morto, voltou-se para as cavernas._no dia 14 de março, encontraram a Gruta 3. Além de centenas de fragmentos de outros manuscritos, encontraram nesta caverna um documento muito especial: eram três folhas de cobre muito fino, cada qual medindo 0,30 m pôr 0,80 m._Examinando aquelas lâminas de cobre, descobriram que elas compunham originalmente num único rolo, pois suas extremidades traziam as marcas de seu ligamento. O estudo posterior deste documento, revelou-se ser de grande importância, pois trazia detalhadas informações sobre as demais grutas que_continham documentos e tesouros._À medida em que novas grutas eram descobertas, novos documentos vinham à luz, Depois da descoberta da Gruta 6 em setembro de 1952, as buscas foram intensificadas, não trazendo, contudo, nenhuma nova descoberta pôr um período de quase três anos. Na manhã do dia 2 de fevereiro de 1955, quando vencidos pelo desânimo, estavam a ponto de suspenderem as buscas, foram_agraciados pela descoberta da Gruta 7, renovados em seu ânimo de_prosseguirem com as procuras, entre os dias 2 de fevereiro a 6 de abril de 1955, haviam sido agraciados com os tesouros das Grutas 7, 8, 9 e 10.Com todo esse sucesso, intensificaram ainda mais as buscas, mas sem nenhum resultado._Em janeiro de 1956, quatro irmãos beduínos encontraram a gruta 11 , foram encontrados jarros com livros deteriorados ,dois rolos muito conservados: o Livro de Levíticos e o Livro de Ezequiel, também foi encontrado um grande rolo, o Livro de Melquisedeque. O rolo, na verdade, consistia numa seqüência de sete manuscritos costurados uns aos outros. Dos sete, os seis últimos traziam neles um relato minucioso da história do Universo, desde sua origem até a consumação dos tempos, o primeiro manuscrito traz dois relatos distintos: O primeiro conta a história do livramento de Ló e de muitos habitantes de Sodoma que haviam sido levados cativos por um grande exército;_Acompanhado por apenas 318 pessoas, Abraão, sob a orientação de Yahuh conquistou um miraculoso livramento, triunfando sobre todos os inimigos.(Gênesis 14 e 15); Essa primeira narrativa, continua até a destruição de Sodoma e Gomorra, seis anos depois. O segundo relato do primeiro rolo, traz a história de Salém._Por ocasião das descobertas das onze grutas, os territórios do Mar Morto encontravam-se sob jurisdição da Jordânia, cujo governo garantiu direitos exclusivos de estudo a oito especialistas liderados pelo padre Roland de Vaux, do Centro Bíblico e Arqueológico de Jerusalém, que vedou o acesso de_qualquer pesquisador judeu aos pergaminhos._Em 1967, por ocasião da Guerra dos Seis Dias, Israel, ao conquistar a margem ocidental do Jordão, adquiriu o controle dos documentos, mas também só permitiu que um pequeno grupo os estudasse. Alguns foram traduzidos e divulgados mais tarde, mas o mundo continuou desconhecendo o que havia na_maior parte desse tesouro._Somente em setembro de 1990, os manuscritos começaram a ser mais amplamente divulgados, quando dois estudiosos do Colégio Hebreu de Cincinatti, nos Estados Unidos, Ben-Zion Wacholder e Martin Abegg, tiveram acesso a uma cópia de um código de referências (relação de palavras com sua posição nos diferentes manuscritos) dos pergaminhos._Por razões de segurança, o governo israelense havia distribuído algumas cópias desses quebra-cabeças por instituições judias em todo o mundo, além de ter depositado microfilmes dos pergaminhos sob a guarda de oito bibliotecas, a maioria nos Estados Unidos, com o compromisso de que não fossem liberados para o público._No final de 1.999, rompendo com todo este cerco, a Biblioteca Huntingdon, de Los Angeles, uma das que detinham uma cópia micro-filmada dos pergaminhos, liberou a consulta para estudiosos de todo o mundo._Dentre os sete rolos que foram retirados da Caverna 11 pelos beduínos, foram declarados autênticos os seguintes manuscritos: Livro de Salmos, Livro de Levíticos, Livro de Ezequiel e Livro de Jó. Os rolos restantes: o manuscrito sobre a Nova Jerusalém, o segundo rolo de Salmos e o Livro de Melquisedeque, foram declarados pelos peritos como apócrifos.