sábado, 4 de julho de 2020

Lilith

Depois de avançar pelas histórias e trajetórias dos personagens bíblicos, percebi que havia uma riqueza imensa de alegorias ou parábolas que são enigmas e linguagem oculta.

            Os personagens sempre se referiam aos personagens primordiais da versão mosaica.
“Adão, “Eva”, “Deus”, “Caim”, “Abel”, personagens primordiais das lendas judaicas.
Havia, no entanto, um problema: o cara com duas mulheres. Há sempre duas mulheres em foco. Há sempre uma viúva, uma prostituta, uma adúltera, uma escrava, uma livre, uma rebelde, uma insubmissa, a que serve e a outra.

            Quando observamos as demais culturas ao longo da história, chegando aos nossos dias, também percebo a existência de duas mulheres em jogo.
            A versão mosaica das origens, dá margem à suposição de que antes da “Eva”, houve outra mulher, surgida paralelamente ao “Adão”. 
Há bibliólogos que dão isso como certo. De fato, o Moisés dá margem velada não só à existência de uma primeira mulher, como da possibilidade da existência de uma ERA não contada, mas intrínseca ao relato.

            As escrituras e as crenças judaicas apontam para a “existência” dessa primeira mulher do “Adão”. A mulher belíssima, rebelde, insubmissa, dominadora, que abandona o “Adão” e se vai com o sedutor Dândi Lúcifer da Silva Smith. 
É a história da Lilith, a mulher que vira “demônio” e gera “demônios” à semelhança do Lúcifer que também é transformado num diabo, espírito maligno, sem corpo.

            Ela é a rainha das trevas, lua negra, lua, escrava, deusa mística, adorada e idolatrada em todas as culturas e presente nas mitologias, religiões sob numerosos e variados nomes e condinomes.
            Essa mulher, mito, entidade, foi escondida, sonegada pelas escrituras mosaicas.
Não há para essa “primeira mulher” a figura de personagem primordial. Para “Moisés” ela simplesmente não existe. Para os crédulos em Moisés ela não existe, mas referências e alegorias a ela são inúmeras.

            Mulher “virtuosa”. Quem a achará? Esse é um enigma oculto e proposto nas escrituras. Obviamente ela foi oculta, escondida. Ela é a mulher que trabalha, que tinge de púrpura (sangue) os vestidos. Ela controla o marido, negocia com os negociantes, gerencia a casa. Ela é feminista, sedutora, a “dama de vermelho”, a mulher matadora. Onde ela aparece, a morte come solta. Sua alegoria está em tudo que é filme produzido por Hollywood. É tão numerosa a lista de personagens alegóricos a ela, que seria enfadonho citar. De Scarlet O’Hara à Sra Smith, ela é apresentada em versões e detalhes dos mais variados. Ela é a mulher de Provérbios 8.
Ui! 

Ela tem alegoria nestes personagens: 

Marta, (a mulher que serve)
Sogra de Pedro ( a mulher que serve)
A escrava egípcia (a mulher que serve)
A mulher de ló
A mulher de teias
A mulher pior do que a morte
Vasti, a mulher rebelde
Jezabel, a mulhe maligna
Mulher de pilatos
Herodias
Rainha da Etiópia
Rainha de Sabá
Rainha dos Céus
Bate Seba
Lia, a primeira mulher
Mulher Samaritana
Mulher de Caifás
A mãe da menina endemoninhada
A mulher com sangramento
A Águia
A coruja da noite
A Árvore
A figueira
A falsa videira

Há mais…

Há fartas referências nas escrituras judaicas acerca dessa “entidade”, tanto no velho como no novo testamento.

As ligações dela com outros personagens também são alegóricas, tanto nos fatos relatados como nos próprios personagens que são alegorias.
Jó é uma delas.
Não foi apenas o Adão que "caiu".

Tem o Lúcifer... tem a primeira mulher do Adão que fugiu com o Lúcifer, a saber a Lilith, muito bem escondida e sonegada pelo Moisés.

Quem sabe estes dois não figuram os personagens centrais de Jó?

Os filhos mortos... conferem com os filhos mortos da Lilith, conferem com os filhos mortos do "principal assessor do rei" o tal Hamã, no conto de Ester.
Aliás, esse conto de Ester, mostra a mesma relação dessa suposta luta entre deus e o diabo.

Ester 3:11 E disse o rei a Hamã: Essa prata te é dada como também esse povo, para fazeres dele o que bem parecer aos teus olhos.
Os Judeus ali representados, tem referência com o Caim, jurados de morte, mortos e dizimados como os filhos de Jó.
Uél... até onde consigo escrever pensando e pensar escrevendo, continuo a ver no livro de Jó uma grande parábola e um grande enigma diante dos nossos olhos.
O que muda apenas é que eu estava me esquecendo que antes do Adão, quem caiu foi o Lúcifer, e aí a história muda de prisma.
E a pregação não só justifica o caído, mas o coloca como o grande super-herói.
Ora, sabemos todos que o grande super-herói deste mundo é o dono do ouro e da prata tão desejados por este mundo evangélico, a saber: o anticristo
Através do anticristo, filho da perdição e do perdido esse casal maligno, o principal caído, pretende se entronizar e realizar o seu grande e genial sonho. The Dream.
A Figueira amaldiçoada renasce como a Fênix e dá o seu fruto.

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