sexta-feira, 3 de julho de 2020

PANGÉIA

O dia em que a terra parou
Há milhares de anos atrás, o belo planeta girava incólume em sua órbita ao redor do sol. Não havia continentes. A parte seca formava um bloco único que configurava o que hoje chamamos de Pangéia. Sua atmosfera, era rica em oxigênio e o planeta girava uma velocidade 30% maior do que gira hoje e propiciava uma força gravitacional que possibilitava a vida dos imensos animais e vegetais que cobriam a sua superfície.
Com uma velocidade maior no giro em seu próprio eixo, a força gravitacional do planeta era menor do que é hoje.
Como essa força era menor, permitia a existência de animais imensos como os dinossauros.
Hoje, com a gravidade do jeito que é, animais imensos como a baleia apenas sobrevivem dentro da água.
Os magníficos dinossauros abundavam em meio a outras espécies menores. O equilíbrio ecológico foi alcançado ao longo dos milhares milhares de anos da existência daquele local.  Não há notícia ou indício de que o homo sapiens já existisse naquele lugar ou tempo, mas seres menos evoluídos como os neandertais, possivelmente já habitassem o planeta.
 Os dias eram mais rápidos por conta da rotação acelerada e as noites revelavam os planetas e estrelas no firmamento, até que em determinado momento, surge no céu uma nova estrela.
A princípio, parecia uma minúscula estrela, mas após algum tempo aquela imagem passou a mostrar mais de uma estrela.
Era um sistema estelar pequeno onde alguns planetas orbitavam a estrela anã.
Aquele conjunto de estrelas foi crescendo e tomando forma no espaço e no horizonte
ao avançar para dentro do sistema solar. O sistema chamado x começou a interferir gravitacionalmente naquele paraíso.
Na Pangeia, não havia montanhas elevadas ou grandes cadeias de montanhas nem mesmo abismos profundos. O planeta era relativamente liso.
Na medida em que aquela sinistra aparição começava perturbar os animais, o planeta começou a dar sinais de instabilidade.
Marés imensas e pequenas erupções de vulcões começaram a surgir, em meio a terremotos e vibrações que anunciavam a crescente desestabilização que se aproximava.
Em pouco tempo, aquelas aparições viraram o terror de todas as criaturas.
Os astros que se aproximavam eram imensos e inúmeras vezes maiores do que a Terra.
As noites eram iluminadas como dia por aquelas "luas" gigantescas.
 Chuvas de meteoros começaram a atingir o planeta, afetando a vida.
Isso tudo já havia acontecido antes, talvez numa escala menor, mas desta vez, a rota era de colisão ou quase colisão.
O movimento irreversível foi rápido como um cometa.
 O astro maior passou raspando fazendo com que o planeta parasse em seu giro como se um freio gravitacional gigantesco e monstruoso o fizesse parar no espaço.
Foi uma catástrofe. Com a massa do núcleo terrestre desacelerada, tudo que era líquido ou instável, foi arremessado ao redor do próprio eixo.
A velocidade daquele arremesso de águas e matéria orgânica chegou a velocidades supersônicas, escavando em minutos imensos desfiladeiros.
O magma e toda a matéria pesada metálica liquefeita no núcleo se aflorou incendiando o planeta inteiro e mergulhando tudo em lava incandescente.
Aquele mundo estava acabado. Trilhões de metros cúbicos de matéria orgânica haviam desaparecido nas profundezas da crosta incandescente.
 Quando as forças inerciais retornavam a rotação do planeta veio o segundo impacto.
O planeta Nibiru também passou raspando e arrastando consigo e com sua força gravitacional todo aquele mundo inteiro em chamas.
Com a repentina retomada da aceleração a pangeia partiu-se inteira formando grandes blocos continentais, as chamadas placas tectônicas.
Em questão de horas, tudo havia mudado. A fauna e a exuberante vegetação haviam submergido nas profundezas sob altas temperaturas e pressões, o que deu origem à todo o petróleo conhecido no planeta.
Em questão de horas surgiram cadeias de montanhas, desfiladeiros provocados pelas correntes de água, cordilheiras, planaltos, vales e planícies. As águas correram para as profundas depressões e abismos, formando os mares. As partes mais altas formaram as ilhas e continentes. Por isso, hoje são encontrados fósseis marinhos no topo de montanhas.
Enquanto aqueles monstros estelares se afastavam para o infinito, a atividade sísmica e vulcânica iniciada, levou milênios até que tudo se estabilizasse novamente.
Ao longo de milhões e milhões de anos, a órbita cíclica daquele sistema continuou a fazer mudanças mais ou menos drásticas, causando glaciações, invernos polares, alteração no eixo da terra, e principalmente, camadas sedimentares.
Tais fenômenos podem ter causado paralelamente, o surgimento da lua, e a morte do planeta Marte,
O que se sabe, é que esse sistema ocorre de tempos em tempos.
Todas as mitologias apontam para algo semelhante. Textos sumérios, Maias e mesmo bíblicos, deixam nas entrelinhas estes acontecimentos.
O que parece lógico é que estes fatos podem ter sido testemunhados por civilizações alienígenas ou que tenham sobrevivido a algumas dessas catástrofes para relatá-las em lendas.

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